O GATUNO E O VAGABUNDO
(Cordel)
Agora vai para o mundo
Uma história que é fantástica
Nem tanto mas tem seu fundo
O gatuno e o vagabundo
Uma insânia quase drástica
Tem matreiro tem safado
Nesse mundo de bom Deus
Da geada vem ornado
De chifrudo de mamado
Inda quer estar co’s meus
Sem responsabilidade
Na vida não dão valor
Já avançados na idade
E dignos de piedade
Por mostrar tanto bolor
Vá de retro satanás
Vá viver com seus gatunos
Já manjei seu aliás
Já pesquei esse seu mas
Vai levar o pé nos fundos
Vai cair bem no riacho
Pra lavar a sua lama
Sujeira brava e tem bicho
Aqui é mulher de capricho
Prepara a sua cama
Raiva de tipo malandro
Já nasce ao perceber
Peão cheio de meandro
Que saiu de algum calhandro
Jamais terá um vencer
Aqui é só aroeira
Vadio vai ponta pé
É fingido e é sem beira
Roda mais que batedeira
Um senhor grande mané
Isso vale para dois
O gatuno e o vagabundo
Ambos são feitos de churra
A merecer bela surra
Por fazer mulher de fundo
O gatuno e o vagabundo
Nessa caça de mulheres
Pra sustentar seus desejos
Um sete um e seus manejos
Nos golpes grandes místeres
Se a mulher cai na jogada
Eles dão boas risadas
Pela net come os dois
Falam o tu e também sois
La da terra de nevadas
Um dia há de acontecer
De levarem belo pau
Seja em casa ou no curral
Para verem que seu mal
Pode gerar outro mau
Esses devem alcançar
Sua plena consciência
De deixar o meretrício
E sair sem um resquício
Desta pura violência
Se isso não se suceder
Peço a Deus encarecida
Que nos dê sua guarida
Faça macheza vencida
Dos dois safados na vida
Uma história que é fantástica
Nem tanto mas tem seu fundo
O gatuno e o vagabundo
Uma insânia quase drástica
Tem matreiro tem safado
Nesse mundo de bom Deus
Da geada vem ornado
De chifrudo de mamado
Inda quer estar co’s meus
Sem responsabilidade
Na vida não dão valor
Já avançados na idade
E dignos de piedade
Por mostrar tanto bolor
Vá de retro satanás
Vá viver com seus gatunos
Já manjei seu aliás
Já pesquei esse seu mas
Vai levar o pé nos fundos
Vai cair bem no riacho
Pra lavar a sua lama
Sujeira brava e tem bicho
Aqui é mulher de capricho
Prepara a sua cama
Raiva de tipo malandro
Já nasce ao perceber
Peão cheio de meandro
Que saiu de algum calhandro
Jamais terá um vencer
Aqui é só aroeira
Vadio vai ponta pé
É fingido e é sem beira
Roda mais que batedeira
Um senhor grande mané
Isso vale para dois
O gatuno e o vagabundo
Ambos são feitos de churra
A merecer bela surra
Por fazer mulher de fundo
O gatuno e o vagabundo
Nessa caça de mulheres
Pra sustentar seus desejos
Um sete um e seus manejos
Nos golpes grandes místeres
Se a mulher cai na jogada
Eles dão boas risadas
Pela net come os dois
Falam o tu e também sois
La da terra de nevadas
Um dia há de acontecer
De levarem belo pau
Seja em casa ou no curral
Para verem que seu mal
Pode gerar outro mau
Esses devem alcançar
Sua plena consciência
De deixar o meretrício
E sair sem um resquício
Desta pura violência
Se isso não se suceder
Peço a Deus encarecida
Que nos dê sua guarida
Faça macheza vencida
Dos dois safados na vida