O GALO CISCADOR
Ele rodeava todos os poleiros com as portas
abertas
Elas já ficavam abertas para que ele entrasse e ciscasse
Adoravam aquele ciscado
Ciscava num poleiro, ciscava noutro e a carijó ia atrás
Eita que galo peste, cacarejava ela, avançando nas outras
Já era um galo erado, mas igualmente assanhado
É que elas também já eram eradas
E parecia não terem outras opções
E aquele galo tinha um quê de encanto sobre elas
Talvez o cantar insinuante a dizer: - Eu subo você!
Eu, ainda, consigo equilibrar nas suas costas, parecia dizer provocante.
Curiosa, perguntei ao dono da fazenda
- O que há com esse galo, que roda, roda e
Nada faz?Ele responde: - Esse, aí, de dia é o famoso rufião
Só cisca, em volta, mas nas madrugadas é o famoso comilão
Só que, como é erado, cada noite sobe numa
E lá se vai o galo galã,
Assim o chamam pelo seu charme
Quem será a dessa noite?
Arriscam apostas, pelo ciscar, mas é difícil saber
Qual será a sua eleita se todas elas afeitas
E a carijó, atrás, a única que ele nunca subia
Intrigada perguntei ao proprietário
Porque ele nunca sobe nessa aí?
Porque essa carijó é cheia de escândalos a bicar em qualquer outra
Que se atreva a aceitar o ciscado desse galo velho
E, daí, o que acontece?
Acontece, como acontece com todos nós bichos
As outras são espertas na calada da noite,
No calor do dia, que a carijó não se agüenta, sofre de moleza
E lá se vão as espertinhas namorarem o velho galo galã
Mas, para todos os efeitos, ele só come à noite
Elas já ficavam abertas para que ele entrasse e ciscasse
Adoravam aquele ciscado
Ciscava num poleiro, ciscava noutro e a carijó ia atrás
Eita que galo peste, cacarejava ela, avançando nas outras
Já era um galo erado, mas igualmente assanhado
É que elas também já eram eradas
E parecia não terem outras opções
E aquele galo tinha um quê de encanto sobre elas
Talvez o cantar insinuante a dizer: - Eu subo você!
Eu, ainda, consigo equilibrar nas suas costas, parecia dizer provocante.
Curiosa, perguntei ao dono da fazenda
- O que há com esse galo, que roda, roda e
Nada faz?Ele responde: - Esse, aí, de dia é o famoso rufião
Só cisca, em volta, mas nas madrugadas é o famoso comilão
Só que, como é erado, cada noite sobe numa
E lá se vai o galo galã,
Assim o chamam pelo seu charme
Quem será a dessa noite?
Arriscam apostas, pelo ciscar, mas é difícil saber
Qual será a sua eleita se todas elas afeitas
E a carijó, atrás, a única que ele nunca subia
Intrigada perguntei ao proprietário
Porque ele nunca sobe nessa aí?
Porque essa carijó é cheia de escândalos a bicar em qualquer outra
Que se atreva a aceitar o ciscado desse galo velho
E, daí, o que acontece?
Acontece, como acontece com todos nós bichos
As outras são espertas na calada da noite,
No calor do dia, que a carijó não se agüenta, sofre de moleza
E lá se vão as espertinhas namorarem o velho galo galã
Mas, para todos os efeitos, ele só come à noite
Sensacional! O texto é ótimo, o video também. O galo faz a festa nesses puleiros... rsrs... bjs meu amor
ResponderExcluirMuito bom vídeo e texto, parabéns.Beijos
ResponderExcluirMinha amiga que delicia este poema sobre o tal galo, danado ele não? Parabenizo você minha linda que escreve tão bem, qualquer tipo de texto sobre qualquer assunto, isto é para poucos, só para quem realmente tem talento, beijos Luconi
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