Luna a criadora do mindim

CARTILHA

CARTILHA
solicite, também em Livros de Luna Di Primo clic na imagem

Pensador

Pesquisar este blog

GRATIDÃO A TODOS QUE PARTICIPAM DA MINHA VIDA

Aqui, duas vidas se misturam e se separam ao mesmo tempo: nasci uma pessoa, apenas, e assim segui até que a escritora poetisa apareceu e se assumiu, sentou e assentou-se, tomou o seu lugar. Daí para hoje tantas águas nos banharam. Águas frescas, quentes, mornas ou pelando corpo e alma; águas frias, gélidas a nos levar à hipotermia. E assim caminhamos por estradas tantas e de tantos pisos como terra batida, terra fofa, cascalhos, pedras, piche, lama e tantos outros trechos. Quero deixar aqui minha sempre gratidão a todos que participam dessa história com visitas de tantos países, de tantos lugares, aos meus blogues. Obrigada pelas estimadas presenças. Prosperidade, amor, paz e alegria a todos, é meu desejo!

O CABRA



O cabra tava descrente
Ali, beira da estrada
Triste, só e decadente
Já sem a cara safada
Sentado lá no barranco
Cara feia e de tamanco
Queria saber de nada
*
Poeira até no ouvido
"Suadô na sombranceia"
Naquele jeito sofrido
O sangue corria a veia
Trazia desconsolado
Um sofrer predestinado
Sentia no corpo a peia
*
Um dia se aventurou
A brincar de encantar
A morena que encontrou
Começou com versejar
Combinando o seu feitiço
Com um fôlego maciço
Feito um sabiá a cantar
*
Era festa e pirueta
Quando via ela passar
Esse cabra bem porreta
Vinha sempre a recitar
A morena a sorrir
E o seu gosto a nutrir
Faltava se apaixonar
*
Ironia do destino
Exato o que aconteceu
O moço perde seu tino
E o tempo escureceu
Só enxergava ela à frente
Tava mais do que contente
Era a rainha e o plebeu
*
Mas ele cheio de graça
Se entregou foi por inteiro
Pra ganhar o amor na raça
Joga adubo em seu canteiro
Já mostra todo o riscado
Passaredo convidado
Para o amor crescer ligeiro
*
E assim foi se findando
Bem naquela placidez
A morena conquistando
Pensava agora era a vez
 O canto foi se alongando
No amor foi viajando
Ele bem na polidez
*
Mas a moça 'opiniúda'
Com ela ninguém podia
Filha de gente graúda
Fantasia noite e dia
O cabra queria  teúda
Sorrindo ergue a mão e o saúda
Dando adeus à covardia
*
Ele disse vem morena
Nos meus braços eu lhe quero
E sendo a minha pequena
Vamos dançar um bolero
Tem cheiro de açucena
Que suscita a minha pena
Só consigo eu sou sincero
*
Levou a moça pra casa
Não ligou pra 'graudêz'
Foi se deitar com a brasa
E se apaixonou de vez
Essa morena que arrasa
Assustada então descasa
Pois não teve a sua vez
*
E bem lá naquela estrada
Ele chora em desespero
Quer o coração da amada
Entra em total destempero
- Eu sem ela não sou nada
Resolvo isso com gemada
Foi somente um entrevero
*
De repente se levanta
E fala o cabra arretado
Essa morena me encanta
E não vou viver um fado
Eu a faço virar santa
 Em cobertura igual manta
Ou não me chamo Ruibarbo
*
Lá se vai o cabra macho
Pelo caminho a sonhar
Vai rumo ao velho riacho
Com sua amada casar
Domar aquele 'diacho'
Sem deixar rapa no tacho
Pra seu fogo dominar
*






5 comentários:

  1. Maravilhoso, to sem palavras, meus sinceros parabéns.

    ResponderExcluir
  2. Eeeiita cabra da peste! Cabra bom faz é assim mesmo... Tropeça, cata cavaco... mas num desiste, vai à luta e ganha o amor da sua vida!
    Muito bonito o cordel, meu amor. bjs

    ResponderExcluir
  3. Vida de perseverança,quando se tem em mente o sonho e teimoso não sonha outro senão o da vitoria que o realiza.
    Bela cosntrução Luna.
    Meu abraço.
    Bjo.

    ResponderExcluir
  4. Luna adoro cordeis, e este ficou muito bom mesmo, coitado do cabra mas no fim foi vitorioso, adorei beijos Luconi

    ResponderExcluir

ACADÊMICA

ACADÊMICA

ACADEMIA

ACADEMIA

Prêmio

Prêmio

Prêmio

Prêmio

PREMIO

PREMIO

Graça

Graça

super

super

premio

premio

opb

opb

clique na imagem para ver

Agua límpida @ Fonte abençoada @ Luz e Paz eu bebo


POSSO NÃO SER GRANDE MAS ESTOU ENTRE ELES

POSSO NÃO SER GRANDE MAS ESTOU ENTRE ELES.