Quando em vida souber da minha morte,
Terá remorso pelo que já fez;
Sentirá a pura dor da sua vez,
Pelas palavras, ruins, ditas tão forte.
Lágrimas que caírem serão o corte,
Da navalha na alma sem nudez;
Corroída em lembrança e sordidez.
Então se chamará signo da sorte.
O sangue correrá livre de corte.
Por todos orifícios verá,
A vida se esvair sem sua força
E, mesmo, todo mal que venha e torça...
Grito silencioso a esse norte,
Chamará, mas, ouvido não será.
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