Luna a criadora do mindim
Pensador
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Quem sou eu
GRATIDÃO A TODOS QUE PARTICIPAM DA MINHA VIDA
Aqui, duas vidas se misturam e se separam ao mesmo tempo: nasci uma pessoa, apenas, e assim segui até que a escritora poetisa apareceu e se assumiu, sentou e assentou-se, tomou o seu lugar. Daí para hoje tantas águas nos banharam. Águas frescas, quentes, mornas ou pelando corpo e alma; águas frias, gélidas a nos levar à hipotermia. E assim caminhamos por estradas tantas e de tantos pisos como terra batida, terra fofa, cascalhos, pedras, piche, lama e tantos outros trechos. Quero deixar aqui minha sempre gratidão a todos que participam dessa história com visitas de tantos países, de tantos lugares, aos meus blogues. Obrigada pelas estimadas presenças. Prosperidade, amor, paz e alegria a todos, é meu desejo!
O CABRA
O cabra tava descrente
Ali, beira da estrada
Triste, só e decadente
Já sem a cara safada
Sentado lá no barranco
Cara feia e de tamanco
Queria saber de nada
*
Poeira até no ouvido
"Suadô na sombranceia"
Naquele jeito sofrido
O sangue corria a veia
Trazia desconsolado
Um sofrer predestinado
Sentia no corpo a peia
*
Um dia se aventurou
A brincar de encantar
A morena que encontrou
Começou com versejar
Combinando o seu feitiço
Com um fôlego maciço
Feito um sabiá a cantar
*
Era festa e pirueta
Quando via ela passar
Esse cabra bem porreta
Vinha sempre a recitar
A morena a sorrir
E o seu gosto a nutrir
Faltava se apaixonar
*
Ironia do destino
Exato o que aconteceu
O moço perde seu tino
E o tempo escureceu
Só enxergava ela à frente
Tava mais do que contente
Era a rainha e o plebeu
*
Mas ele cheio de graça
Se entregou foi por inteiro
Pra ganhar o amor na raça
Joga adubo em seu canteiro
Já mostra todo o riscado
Passaredo convidado
Para o amor crescer ligeiro
*
E assim foi se findando
Bem naquela placidez
A morena conquistando
Pensava agora era a vez
O canto foi se
alongando
No amor foi viajando
Ele bem na polidez
*
Mas a moça 'opiniúda'
Com ela ninguém podia
Filha de gente graúda
Fantasia noite e dia
O cabra queria teúda
Sorrindo ergue a mão e o saúda
Dando adeus à covardia
*
Ele disse vem morena
Nos meus braços eu lhe quero
E sendo a minha pequena
Vamos dançar um bolero
Tem cheiro de açucena
Que suscita a minha pena
Só consigo eu sou sincero
*
Levou a moça pra casa
Não ligou pra 'graudêz'
Foi se deitar com a brasa
E se apaixonou de vez
Essa morena que arrasa
Assustada então descasa
Pois não teve a sua vez
*
E bem lá naquela estrada
Ele chora em desespero
Quer o coração da amada
Entra em total destempero
- Eu sem ela não sou nada
Resolvo isso com gemada
Foi somente um entrevero
*
De repente se levanta
E fala o cabra arretado
Essa morena me encanta
E não vou viver um fado
Eu a faço virar santa
Em cobertura igual
manta
Ou não me chamo Ruibarbo
*
Lá se vai o cabra macho
Pelo caminho a sonhar
Vai rumo ao velho riacho
Com sua amada casar
Domar aquele 'diacho'
Sem deixar rapa no tacho
Pra seu fogo dominar
*
CIDADEZINHA
Cidadezinha
De praias e coqueirais
Grande sossego
De ruas rasteiras
Miúda e faceira
Cidadezinha
Abraçada pelo mar
Riachos e flores
Da reza ao bom dia
Um povo gentil
Cidadezinha
Mansa vida que brota
Tem histórias
Acolhida do vento
Sossego e paz
Cidadezinha
De cantar de pássaros
Doce sinfonia
Conversas na calçada
Cair da noite
Cidadezinha
A lua sorridente
Diz para jantar
Lá se vai a jangada
De madrugada
Cidadezinha
Amor para abraçar
Paz esperada
...
Inspirado em um texto do poeta Nelson
Rodrigues de Barros A CIDADEZINHA em 02-8-2010
BEIJOS
Beijos poéticos
Eu lhe envio
Beijos de aromas
Pode escolher
Beijos de lua
Em qual fase
Beijos com gosto
Escolha o sabor
Beijos molhados
Regados a que
Beijos de flores
Escolha a preferida
Beijos quentes
Escolha a temperatura
Beijos frios
Sinto muito deste não tem
Mas quem sabe com sorvete
Ou com gelo...
Eu lhe envio
Beijos de aromas
Pode escolher
Beijos de lua
Em qual fase
Beijos com gosto
Escolha o sabor
Beijos molhados
Regados a que
Beijos de flores
Escolha a preferida
Beijos quentes
Escolha a temperatura
Beijos frios
Sinto muito deste não tem
Mas quem sabe com sorvete
Ou com gelo...
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