A FALTA DE CULTURA
MATA A CULTURA
MATA A HISTÓRIA DA CULTURA
E MATA A HISTÓRIA GERAL
A falta de cultura mata a Cultura, mata a História da
Cultura e mata a História Geral.
Não dá para medir o quanto se critica o Militarismo por sua
forma autoritária de governo. Não vou entrar em méritos de governo e
governados, até porque esse é outro foco.
Porém, devo dizer que essa época – do Militarismo – iniciou
quando eu era criança com pouco tempo de vida e se manteve até um tempo depois da minha
adolescência. Nessa época a maioria dos estudantes era sem as maldades mentais
que vieram depois e prevalecem. Hoje, assustadoramente, não existe mais aquela
inocência mental e moral.
Naquela época, o tempo era o mesmo tempo que existe hoje – o
tempo não muda e sim, os costumes. Ali, recebia-se a educação base em casa e a
educação escolar era a educação bancária. A educação bancária era um complemento
para a vida adulta e trabalho, quando se recebia aulas, dentre outras, de Educação
Moral e Cívica, na quais se aprendia o respeito e o amor pelas pessoas e pela
Pátria. O restante vinha da essência da
pessoa tanto na educação como no saber a resultar o seu fazer, a sua ação.
E o que temos hoje na tão aclamada Democracia? O viver de
uma falência generalizada de conceitos morais e sociais nos quais valores se
inverteram e se busca resgatar o ‘politicamente correto’ com
ações, totalmente, castradoras. No Brasil, logo, não haverá espaço para maior
população por ter que reservar espaço para tantas leis que não são cumpridas e se
criam mais em cima de mais quando bastaria se respeitar a Constituição – Lei Maior
do Brasil. Nossos dirigentes e, consequentemente, o povo se perdem acreditando
estarem se achando ao executar o que entendem por ‘politicamente correto.’
Há bastante tempo o saber vem se perdendo em relação à
análise e interpretação. Com a deterioração da Educação nos seus dois patamares:
base e bancária, a interpretação e análise corretas, também, foram perdidas. As
pessoas perderam essa capacidade e suas ações advêm dessa estrutura.
É o que vem acontecendo com o ‘politicamente correto’ na
incapacidade de mudar a situação familiar e acadêmica, as pessoas tentam anular
uma cultura apagando sua história, quando deveriam usar essa história para
trabalhar a cultura atual, elevando seu nível.
É toda essa gama de inteligências que faz afronta ao grande
representante da Literatura Brasileira, o escritor Monteiro Lobato, que
registrou toda uma vivência da sua época. Registrou a Cultura. E sua obra
citada como disseminadora de preconceito. Preconceito é negar, é esconder, é
ditar quem é o que ou o que é o que ou quem. Não é eliminando livros de
Monteiro Lobato ou substituindo palavras vistas, por uns, como preconceituosas
e ofensivas que se eliminará preconceito e falta de respeito. Muito menos
impondo a Lei. Não é apagando o passado que se conseguirá a Harmonia Social.
A maior prova de ignorância e preconceito, incompetência e
autoritarismo está aí – proibir ou querer proibir que se exiba um momento
histórico, e tão pior é a ação de querer extinguir aquilo que faz parte de uma
época, a sua construção. Mas é isso que acontece com ditadores e ignorantes, com
uma diferença: o ditador não se interessa em dialogar, explicar, educar e o
ignorante não sabe dialogar, ensinar, educar.
Os costumes são arraigados e dependem da evolução humana
para ficarem ou partirem e a evolução depende de todos os fatores à sua volta –
economia, educação base, família, escola... E incluindo, aí, a própria evolução
espiritual que é fator que tem sua importância.
É tudo uma questão de evolução. Não importa de que forma
aconteceu um passado, importa o que esse passado pode contribuir para que se
promova a evolução.
Como tudo está deteriorado, tentam - possivelmente sem
perceber – combater preconceito, alimentando o próprio preconceito. Quando vai
acabar o preconceito? Nunca! Como sempre será jogado para debaixo do tapete ou
amontoado no guarda roupa. O atraso é tão grande que não se consegue separar a
questão histórica da atualidade.
A capenguice da educação base e bancária se torna cada vez
mais fortalecida, uma vez que a sua deterioração reflete no futuro, como o
passado reflete no hoje. Os educandos de hoje serão os educadores de amanhã.
Consegue visualizar essa futura geração? Para mudar a história, há que se usar
a própria história e não somente catalogá-la e sair por aí falando da mesma,
citando-a para justificar o caos social.
Há que se estudar e usar a história para informação e
aprendizagem, criar e educar o homem. É analisar e ponderar seus pontos
positivos e negativos para, então, orientar a sociedade em seus passos. Isso é
educar. Isso é governar. Isso é evoluir.
A vivência é um círculo.
*Considera-se, aqui, as regras e suas exceções.
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