A tendência a se classificar como “normal” é aquilo que está
entre o aquém e o além.
E, é considerado “normal” aquilo que é aceito pela maioria.
Então, entre os homens, o que é considerado “normal” é:
sorrir, trabalhar, conviver com outros, ser gentil e educado; salvar
vidas; ajudar; colaborar, ou seja, o manter da boa vivência; cultivar as boas com o universo e com o seu semelhante.
Porém, a normalidade parece se inverter nos dias atuais.
Tudo que foi transmitido como bom para a vivência humana e universal já não mais exerce força nessa caminhada. O homem demonstra que a
sua sensatez de outrora não passou de cerceamento de sua liberdade de ação e
expressão. A cada dia aumenta o número de pessoas a destruir o que levou tempo
para modelagem: o respeito, o cumprimento de deveres e exercer de direitos.
Dentro deste preocupante panorama observa-se o crescente
gráfico da violência.
As relações se tornam banais perante o olhar humano e
qualquer motivo, por mais fútil que seja, se transforma em ponto de
honra.
O advento da internet veio facilitar a expansão da
violência.
Esse feito de magnifico esplendor que é a internet, a ligar um ponto ao outro torna poderosíssima qualquer mente, seja para construção, seja
para destruição. Para a mente sadia é um universo de desenvolvimento; para a mente
doente é um universo maligno, demoníaco.
A liberdade igualitária de uma livre expressão tem o seu
retrato pintado da forma mais abrupta e bruta. Pessoas sentem-se
no poder de disseminar a violência. O agredir tornou-se fator corriqueiro e de
pura normalidade. Xingar, caluniar, ironizar, conduzir, ameaçar, espalhar e incentivar a discriminação
sem dó nem piedade torna-se um prazer cruel, mórbido e insano. Basta dar um
passeio pelas publicações em páginas e redes sociais.
As redes sociais são campeãs em violência. Quantas pessoas
se somam como objetos da violência de outras pessoas que se pensam grandes,
inteligentes, enquanto não passam de mentes doentes; mentes em sofrimento.
Vê-se, aí, uma imagem situacional de grande atraso na escala
evolutiva.