Eu escrevo porque escrevo, mas, não escrevo por escrever.
Não escrevo, meramente, para dar minha opinião ou para ser,
simplesmente, lida. Leitores, com o tempo se vão e outros chegam. Escrever
sobre o que pensa é o que a maioria faz, não vejo mérito nisso, uma vez que pessoas
comuns, pessoas do cotidiano, não formam opinião simplesmente por escrever o
que pensam, pois são pensamentos comuns como são elas e quem as lê. Coisa
corriqueira não forma opinião, não modifica e nem transforma. Um pouco mais
alto na escala, estão os repetidores dos consagrados.
O que se vê ou percebe é que tudo já foi escrito. Tudo já
foi dito e nunca mudou. Não aconteceu nenhuma renovação, a não ser a referência
em literatura técnica devido aos avanços científicos. E tudo que se vê escrevendo,
hoje, é apenas a repetição - em forma modificada ou atualizada do linguajar - daquilo
que já foi dito e escrito lá no princípio desse mundo de pessoas e quando tudo
ou quase tudo foi grafado no surgimento da fala impressa. O que se vê é que, não
tendo mais o que fazer ou dizer, o homem vem, há bom tempo estratificando a cria
alheia de forma a poder dizer algo. Lavoisier, Antoine - sabiamente - atravessa os tempos
com sua fala que se encaixou em todos os setores da vida universal de todos os
tempos. “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. E daí se
aproveita o que der, se der, pois cada vez pior.